Cacimba de Mágoa - Gabriel, O Pensador, Falamansa

Cacimba de Mágoa - Gabriel, O Pensador, Falamansa

Альбом
Lá da Alma
Год
2016
Язык
`Português`
Длительность
259760

Abaixo está a letra da música Cacimba de Mágoa , artista - Gabriel, O Pensador, Falamansa com tradução

Letra da música " Cacimba de Mágoa "

Texto original com tradução

Cacimba de Mágoa

Gabriel, O Pensador, Falamansa

O sertão vai virar mar, é o mar virando lama

Gosto amargo do Rio Doce, de Regência a Mariana

Mariana, Marina, Maria, Márcia, Mercedes, Marília

Quantas famílias com sede, quantas panelas vazias?

Quantos pescadores sem redes e sem canoas?

Quantas pessoas sofrendo, quantas pessoas?

Quantas pessoas sem rumo, como canoas sem remos

Ou pescadores sem linhas e sem anzóis

Quantas pessoas sem sorte, quantas pessoas com fome

Quantas pessoas sem nome, quantas pessoas sem voz?

Adriano, Diego, Pedro, Marcelo, José

Aquele corpo é de quem?

Aquele corpo, quem é?

É do Tião, é do Léo, é do João, é de quem?

É mais um João-Ninguém, é mais um morto qualquer

Morreu debaixo da lama, morreu debaixo do trem?

Ele era filho de alguém, e tinha filho e mulher?

Isso ninguém quer saber, com isso ninguém se importa

Parece que essas pessoas já nascem mortas

E, pra quem olha de longe, passando sempre por cima

Parece que essas pessoas não têm valor

São tão pequenas e fracas, deitando em camas e macas

Sobrevivendo, sentindo tristeza e dor

Quem nunca viu a sorte pensa que ela não vem

E enche a cacimba de mágoa

Hoje, me abraça forte, guarda esse mal pra outro bem

Transforma lágrima em água

O sertão vai virar mar, é o mar virando lama

Gosto amargo do Rio Doce, de Regência a Mariana

Quem olha acima, do alto, ou na TV, em segundos

Às vezes vê todo mundo, mas não enxerga ninguém

E não enxerga a nobreza de quem tem pouco, mas ama

De quem defende o que ama e valoriza o que tem

Antônio, Kátia, Rodrigo, Maurício, Flávia e Taís

Trabalham feito formigas, têm uma vida feliz

Sabem o valor da amizade e da pureza

Da natureza e da água, fonte da vida

Conhecem os bichos e plantas e, como o galo que canta

Levantam todos os dias com energia e com a cabeça erguida

Mas vêm a lama e o descaso, sem cerimônia

Envenenando o futuro e o presente

Como se faz desde sempre na Amazônia

Nas nossas praias e rios, impunemente

Mas o veneno e o atraso, disfarçado de progresso

Que apodrece a nossa fonte e a nossa foz

Não nos faz tirar os olhos do horizonte

Nem polui a esperança que nasce dentro de nós

É quando a lágrima no rosto a gente enxuga e segue em frente

Persistente, como as tartarugas e as baleias

E, nessa lama, nasce a flor que a gente rega

Com o amor que corre dentro do sangue, nas nossas veias

Quem nunca viu a sorte pensa que ela não vem

E enche a cacimba de mágoa

Hoje, me abraça forte, guarda esse mal pra outro bem

Transforma lágrima em água

O sertão vai virar mar, é o mar virando lama

Gosto amargo do Rio Doce, de Regência a Mariana

O sertão vai virar mar (o sertão virando mar)

É o mar virando lama (o mar virando lama)

Gosto amargo do Rio Doce (da lama nasce a flor)

De Regência a Mariana (muita força, muita sorte)

O sertão vai virar mar (mais justiça, mais amor)

É o mar virando lama

Gosto amargo do Rio Doce, de Regência a Mariana

O sertão vai virar mar, é o mar virando lama…

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